São Paulo, segunda-feira, 4 de julho de 1994 |
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O déficit público
FLORESTAN FERNANDES O déficit público (e persiste assim) através de medidas antinacionais, como isenção de taxas e impostos (ou sua drástica redução); subsídios de alcance discutível, mas exigidos pela iniciativa privada; empréstimos a baixos juros, com amortização prolongada e previsão de sua renovação, sob insolvência alegada ou calote de fato; tolerância e arranjos espúrios em operações fraudulentas –com o imposto de renda ou outros e obrigações legais resultantes das relações de trabalho; deterioração provocada dos órgãos fiscalizadores em geral; suborno e corrupção como tráfico normal de poderosos, nos governos e fora deles etc.Como corrigir essa deformação explosiva, decorrente da truculência da iniciativa privada? Jogando o ônus sobre os ombros das vítimas indicadas ou desprivatizando o poder público para a coletividade? Texto Anterior: O pão e o homem Próximo Texto: DUCHA FRIA; ITAMAR TEM A FORÇA; JANELA INDISCRETA; VIRILIDADE DEMOCRÁTICA Índice |
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