São Paulo, quarta-feira, 6 de julho de 1994 |
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BC registra entrada de US$ 17,158 bi no 1º semestre
GUSTAVO PATÚ
O recorde anterior é de 1992, que registrou um ingresso de US$ 22,626 bilhões. A manutenção das taxas de juros mais altas do mundo foi o principal fator de estímulo à entrada de capital estrangeiro. Dificilmente, porém, o governo permitirá a repetição do resultado de janeiro a junho no segundo semestre do ano, sob pena de inviabilizar o Plano Real. Se o Banco Central deixar que uma média de US$ 2,8 bilhões mensais entrem no país, o resultado será o estouro do limite de emissão de reais estabelecido na medida provisória. No caso de o BC vender títulos no mercado, para retirar o excesso de moeda em circulação, o resultado será o aumento da dívida interna do governo. O BC já adotou medidas para reduzir o fluxo de entradas. A principal foi só comprar dólares por uma cotação inferior a um real. A equipe econômica teme uma tendência de entrada de investidores externos maior, em caso de sucesso do plano. A consolidação do acordo da dívida externa também reforça essa tendência. Segundo dados do BC, obtidos pela Folha, o ingresso líquido de dólares (saldo cambial) em junho foi de US$ 2,872 bilhões, sendo US$ 2,527 bilhões de operações comerciais e US$ 344 milhões de operações financeiras. O resultado é inferior ao de maio –US 3,7 bilhões– recorde histórico mensal. Texto Anterior: Mercado se reúne para avaliar custo do dinheiro Próximo Texto: Dólar traz prejuízo de até 20,02% no mês Índice |
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