São Paulo, quarta-feira, 6 de julho de 1994
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Cesta básica registra queda de 0,69%

DA REDAÇÃO E DA SUCURSAL DO RIO

A cesta básica para o paulistano ontem teve uma redução média de 0,69%. O custo da cesta passou de R$ 107,73 para R$ 106,99 ontem. A cesta acumula nos cinco primeiros dias do mês aumento médio de 0,55%. A pesquisa é feita pelo Procon em convênio com o Dieese em 70 supermercados da cidade.
Os maiores aumentos de ontem foram do sabonete Lux 90 gr (3,85%), absorvente Sempre Livre dez unidades (1,92%) e ovos brancos grande (1,90%).
As maiores altas quedas, as maiores foram do creme dental Kolynos 90 gr (-3,33%), papel higiênico fino quatro unidades Neve (-2,88%), e leite em pó Ninho 450 gr. (-2,27%).
Fipe
A última taxa de inflação do cruzeiro real, a de junho, ficou em 50,75% em São Paulo, de acordo com o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, fundação de pesquisas da USP.
Esta taxa, já esperada, superou os 45,10% de maio e só na última semana do mês a aceleração foi de 1,78 ponto percentual. A tendência de alta foi generalizada e veio principalmente de alimentos.
A aceleração dos preços foi maior ainda se for medida pelo índice ponta a ponta. Ou seja, na comparação dos preços praticados no final de junho com os do final de maio. Deve chegar a 55%.
A inflação em URV de julho mostrou a puxada dos preços nos dias que antecederam a entrada do real. A taxa foi de 4,71%, pressionada principalmente por alimentos (6,64%) e vestuário (7,55%).
A taxa de 4,71% provém da comparação da média dos preços de junho em cruzeiros reais, convertidos para URV, com os de maio, também convertidos por este indexador.
A taxa de 50,75% veio da comparação dos preços médios de junho com a média de maio, com todos os dados em cruzeiros reais.
A Fipe pesquisa preços em São Paulo entre famílias com renda de até 20 salários mínimos.
No mês passado, os paulistanos pagaram, em média, 53,69% a mais pelos alimentos, taxa bem acima dos 37,59% de maio. Os maiores aumentos se concentraram entre os semi-elaborados.
Estes produtos tiveram remarcação de 59,53%, em média, com liderança disparada da carne. O quilo de acém dobrou de preço.
A Fipe continua divulgando dois índices para o mês. O tradicional, que compara os preços médios de julho, em reais multiplicados por 2.750, com os de junho, em cruzeiros reais. A taxa dever ficar próxima a 25%.
O outro índice vai comparar os preços em reais de julho com os cruzeiros reais de junho convertidos para a URV. Este deve ficar entre 3% e 5%, prevêem técnicos da Fipe.
IPC do IBGE
Também o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do Rio e São Paulo, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registrou altas elevadas no setor de alimentação e bebidas.
O IBGE mediu entre os dias 1 e 30 de junho um aumento de preços em cruzeiros reais de 53,15% em alimentação e bebidas para famílias que ganham de um a 40 salários mínimos e 53,26% para famílias que ganham entre um e oito salários mínimos.
O índice médio das duas cidades foi de 47,90% para quarenta mínimos (2,04 pontos percentuais a mais do que no período anterior) e para oito mínimos ficou em 48,93% (2,41 pontos percentuais acima da última pesquisa).

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