São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994 |
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Pão e ônibus
NELSON DE SÁ
Como prova, disse que o preço da passagem de ônibus estava em meia URV um mês antes e passou para cinquenta centavos de real, na entrada de julho. Na tela, para evidenciar que é "absolutamente o mesmo preço", gravou e até repetiu a imagem "0,50", primeiro em URV e depois em real. Uma argumentação que foi ainda repisada pelo prefeito, nos telejornais. Sem a agressividade do anúncio, chegou a citar o próprio Rubens Ricupero. "O ministro, a quem muito prezo, foi mal informado. A passagem não subiu. Portanto, não tem por que baixar." Foi uma reação de bastante efeito. Pena que não veio em dia dos melhores. Em primeiro lugar, como registrou o TJ e os demais, porque em toda parte os prefeitos começaram a recuar nos aumentos de ônibus, para o patamar que está sendo exigido pelo ministro. Segundo, porque o real está em seu melhor momento, até agora. Como noticiou o Jornal Nacional e os demais, "o preço da cesta básica caiu mais uma vez em São Paulo". Melhor ainda, o preço está baixando exatamente no levantamento feito pelo Dieese, uma entidade ligada aos sindicatos. Não bastassem os ônibus e o Dieese –que aliás disse que os preços devem cair ainda mais– tem também o pão. Segundo a Globo, "o pãozinho começa a voltar aos preços normais". Talvez seja um exagero, mas a imagem do padeiro trocando os preços foi de impacto. Tomates Um impacto maior do que aquele conseguido pelo petista Chico Vigilante, que usou a visita do ministro ao Congresso para levar os pãezinhos que seriam a refeição diária possível, com salário-mínimo. Lembrou os velhos tempos dos tomates rolando. É tudo o que podem os petistas, no momento. Vexame Texto Anterior: Candidato encontra personagem de Rosa Próximo Texto: Parecer pró-Bisol foi feito por assessor Índice |
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