São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994 |
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Parecer pró-Bisol foi feito por assessor
DENISE MADUEÑO E GUSTAVO KRIEGER
As emendas assinadas pelo vice de Lula destinavam verba para a cidade mineira de Buritis e beneficiavam sua fazenda. O assessor que redigiu o parecer, Hipólito Gadelha Remígio, é um dos funcionários do Senado mais ligados a Bisol. Ele assessorou diretamente o senador na CPI do Orçamento. Lucena diz que o Senado só pode avaliar as emendas se elas forem investigadas por sua corregedoria. Bisol não pediu a abertura de sindicância. A diretora em exercício da subsecretaria de Apoio Técnico, Heloísa Helena Camargo, também diz que o parecer não representa a posição da comissão de Orçamento nem da assessoria técnica. O antigo assessor de Bisol não se limitou a uma análise técnica em seu relatório. Disse que Bisol agiu com "absoluta legalidade e moralidade" ao apresentar as emendas. Lucena diz que este tipo de interpretação faz parte das atribuições do assessor, mas que esta não é uma posição do Senado. As quatro emendas do senador totalizaram US$ 8,4 milhões. O custo das obras é estimado em US$ 240 mil. O parecer de Remígio diz que duas das emendas teriam sido rasuradas. Neste ponto, o parecer serve à tese de Bisol, que diz ser vítima de uma armação. Bisol diz que os documentos foram rasurados depois de assinados por ele. Esta versão é negada pelo prefeito de Buritis, Pedro Taborda. Ele levou as emendas para que Bisol assinasse e diz que o formulário não foi alterado depois de assinado pelo senador. Texto Anterior: Pão e ônibus Próximo Texto: Advogados de mortos cobram depoimentos Índice |
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