São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994 |
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Métodos incluem "pentear" e pintar a grama
ROGERIO SCHLEGEL
A técnica mais usada para que a grama do campo tenha tons diferentes é a do corte, adotada pelas administrações dos estádios norte-americanos da Copa. Há pelo menos três outras formas para se conseguir o efeito. No método do corte, a grama das áreas que devem ser claras é aparada dois dias antes da partida. Na hora do jogo, a grama "nova", que acabou de brotar, apresenta tom mais claro que aquela que não foi aparada. Segundo Luiz Afonso de Andrade, assistente-técnico de direção do Pacaembu, em São Paulo, as mudas das áreas claras também recebem produtos que acentuam sua tonalidade, como a uréia. "No Pacaembu, usamos essa forma de colorir o campo", afirma Andrade. Uma das vantagens da técnica é a rapidez. No método da rolagem, usado com frequência no Morumbi, é como se a grama fosse penteada. Um dispositivo semelhante a um pequeno rolo compressor é passado em sentidos diferentes para criar mais de um tom. "Com isso, cria-se a ilusão de que a grama tem várias cores", diz o supervisor de manutenção do Morumbi, Reinaldo Cetra. O problema desse método é que, durante a partida, os jogadores começam a "despentear" a grama, apagando os tons. Também é possível pintar o campo literalmente, com uma tintura especial. A contra-indicação é o fato de a tinta às vezes ir parar nos uniformes dos jogadores –quando chove durante a partida, por exemplo. A quarta forma usada para fazer os desenhos é através da aplicação, diretamente na terra, de produtos químicos que escurecem as mudas. Essa técnica é mais demorada –precisa ser usada muito antes do jogo para produzir resultados– e tem efeitos mais duradouros. (RS) Texto Anterior: Desenho no gramado camufla improviso Próximo Texto: Para "gramólogo" campos têm defeito Índice |
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