São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994 |
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Demonstre o amor de forma explícita
PAULO COELHO
"Enquanto viajava para Nova York, pensava que tinha chance de fazer com que esta visita fosse diferente das demais. Sempre tivera medo de mostrar meu afeto, sempre quis manter a mesma distância prudente que meu pai mantinha comigo. Quando o vi na cama, cheio de tubos, dei-lhe um abraço. Ele se surpreendeu. 'Abraça-me também, papai', eu pedi. Ele me havia educado dizendo que um homem nunca demonstra seus sentimentos. Mas insisti. Papai levantou os braços e me tocou." "Senti suas mãos na minha cabeça e escutei as palavras que seu coração dizia, mas que seus lábios jamais haviam pronunciado. 'Te amo', disse ele. E, a partir do momento em que teve coragem de mostrar seu amor, recuperou sua vontade de viver." Texto Anterior: Carl Bernstein ataca o sensacionalismo Próximo Texto: Comédia de Hawks antecipa a 'pop art' Índice |
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