São Paulo, quinta-feira, 7 de julho de 1994
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Aborto em debate; Pérsio Arida publicitário; Homossexualismo; Solidariedade a Romano; Artes plásticas no Mais!; Tá sobrando espaço?; Lobby da Petrobrás; O mínimo; Libertinagem e luxúria

Aborto em debate
"Ótimos os artigos de Eva Blay, 'Maternidade, Igreja e Estado', e José Genoino, 'Aborto e anacronismo da lei', publicados respectivamente dia 5/07 e 6/07. Sobre essas questões polêmicas a Folha tem propiciado uma excelente informação e debate. Aproveito para me solidarizar com os médicos Aníbal Faúndes e Thomas Rafael Gollop, conhecidos pela sua seriedade no exercício da medicina e, agora, pela sua coragem. Pessoas como eles, que estão pagando um alto preço por se exporem, é que ajudam a sociedade a se transformar e leis anacrônicas a cair."
Marta Suplicy, coordenadora do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (São Paulo, SP)

"Muito oportuna a intervenção do deputado José Genoino na questão do aborto. Enquanto muitos debatem o tema de diversos pontos de vista (religioso, moral, econômico, saúde pública, etc.), o deputado o focaliza do ponto de vista do direito de escolha."
Vera Simonetti (São Paulo, SP)

Pérsio Arida publicitário
"Quando Pérsio Arida comunicou-me que ia deixar-nos, pois aquilo não era profissão para ele, fiquei chocado. Estávamos em 1970 ou 1971, na agência de propaganda DPZ, e Pérsio fazia estágio ali, com o objetivo de se tornar criador de comerciais. Agora, em sua coluna de 30/06, na quinta-feira passada, o sr. Otavio Frias Filho informa que o Plano Real é mais um dos experimentos fabulosos do dr. Arida. Lembro-me de que, na época em que o Pérsio me avisou que iria sair da DPZ, entre os argumentos que usei para não deixá-lo ir embora, figurava o reconhecimento de sua visível criatividade. 'É um mistério o porquê intelectuais tão talentosos se dedicarem a uma ciência conhecida como melancólica...' –afirma Otavio Frias Filho. Pelo menos, para quem vê de fora, a publicidade não é nada melancólica. Na sua opinião, Pérsio estaria melhor criando comerciais, anúncios etc.?"
Paulo Azevedo, publicitário (São Paulo, SP)

Homossexualismo
"Parabéns à Folha pela veiculação de publicidade em TV abordando o homossexualismo. É uma importante contribuição à nossa luta contra o preconceito e discriminação."
Mario Scheffer, do Grupo pela Vidda (São Paulo, SP)

"A sociedade tem se tornado vítima dos veículos de comunicação, pois esses, extrapolando sua atividade informativa, têm exercido poderosa influência, modificando comportamentos e valores. Nesse processo aviltante, esse jornal pretende promover a funesta anomalia degenerativa da sexualidade humana, o homossexualismo, veiculando um filme publicitário de mau gosto e indigesto, induzindo à aceitação pública de um comportamento repulsivo o qual ela rejeita. Conclamo os brasileiros que não se deixam influenciar pela mídia tendenciosa, que não aceitam ser manipulados e não se calam ante os que manipulam, que não temem a pseudo pecha de politicamente incorretos a manifestar-se contra essa repugnante iniciativa, e desafio esse jornal a publicar essa nota na íntegra."
Pedro Alves Castelhano Neto, pastor (São Paulo, SP)

Solidariedade a Romano
"A Associação de Docentes da Universidade Estadual de Campinas vem manifestar sua irrestrita e absoluta solidariedade ao professor Roberto Romano face ao processo que lhe vem movendo o deputado Roberto Cardoso Alves (PTB-SP), considerando que é fundamental e próprio da democracia o direito à livre manifestação do pensamento e à crítica, como previsto na Constituição Federal e na própria lei de imprensa. A Associação de Docentes confia e espera que o Poder Judiciário soberanamente assegure, não apenas ao professor Roberto Romano, mas a todos, o espaço necessário à construção de uma sociedade democrática."
José Ricardo Figueiredo, presidente da Associação de Docentes da Universidade Estadual de Campinas (Campinas, SP)

Artes plásticas no Mais!
"O Mais! encontrou um caminho: amplia a cultura no nosso cotidiano. Um conceito mais luminoso, menos hermético e pedante. O trabalho dos artistas plásticos e gráficos não são simples ilustrações, mas somam-se à luz dos textos. E nos títulos já se deduz um novo ponto de vista de um debate nem um pouco metafísico como são os suplementos de cultura."
Rafic Jorge Farah (São Paulo, SP)

Tá sobrando espaço?
"Gostei do Derrida e do Schwarz no Mais! de 26/06. Mas o tal de Bento Prado Jr., ufa! Quase quatro páginas de blablablá pra lá e pra cá. Vocês têm espaço sobrando assim, é?"
Roberto Gomes (Brasília, DF)

Lobby da Petrobrás
"A informação que transmiti sobre investimentos da Petrobrás publicada no Painel do Leitor dia 29/05 é exata. As informações que prestei anteriormente ao jornal referiam-se a investimentos da holding (sem subsidiárias). Os US$ 3,4 bilhões são investimentos do sistema Petrobrás que incluíram as subsidiárias. Ocorre que, com o processo de urverização e o passar do tempo sem aprovação do orçamento no Congresso, o grupo MME/Seplan/Petrobrás, à luz do contrato de gestão, está analisando proposta do limite inferior antes estudado (era US$ 2,90 bilhões o superior e US$ 2,4 bilhões o inferior) para a holding. É comum a confusão entre sistema e holding, e o meu objetivo foi mostrar que não há disputa sobre orçamento, pois há um grupo formal para compor a proposta de orçamento da empresa, do qual fazem parte a Petrobrás/MME/Seplan. Se não fizesse a ressalva a esse jornal pareceria que a Petrobrás estaria cogitando de disputar por outros meios, o que não corresponde à realidade."
José Fantine, superintendente do Serviço de Planejamento da Petrobrás (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta da jornalista Sônia Mossri – A Petrobrás fez lobby no Congresso para aumentar seu teto de investimentos em 94. O movimento, detectado pelo Ministério do Planejamento, foi comprovado pela reportagem da Folha. O governo vetou a reivindicação da estatal –a Petrobrás e não a holding–, de fixar em US$ 3,4 bilhões os seus investimentos no ano. A reportagem foi absolutamente fiel aos fatos.

O mínimo
"Sabemos que as verbas para a manutenção das rodovias são escassas, mas será que não dá nem para comprar um facão? Mais ou menos 95% das placas de sinalização da SP-99 estão totalmente cobertas pelo mato."
Milton Golombek (São Paulo, SP)

Libertinagem e luxúria
"Acompanhamos os episódios ocorrentes de Aids e concluímos que deveríamos investir prioritariamente em educação. Se a libertinagem e a luxúria fossem contidas, o número de infectados diminuiria consideravelmente."
Márcia da Silva Rocha e Orozinho da Silva (Dracena, SP)

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