São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Lojas contratam seguranças
DANIEL CASTRO
As crianças preferem a rua porque lá funciona uma casa aberta, mantida pelo governo estadual. A casa aberta é uma entidade que tenta atrair os menores para atividades recreativas. A casa, no entanto, não fornece comida e não é abrigo para dormir. As crianças se sentem protegidas pelos educadores da casa aberta. Para os moradores da rua Antônia de Queiróz, a casa aberta é o vizinho mais indesejável. Até abaixo-assinado, pedindo o fechamento do local, já foi endereçado ao secretário de Segurança Pública. Um grupo de cerca de 20 crianças e adolescentes montou "acampamento" pela rua. "Eles não são violentos, mas fazem muita algazarra e sujeira", reclama Clorinda Bergamashi, que colocou sua casa à venda. Os comerciantes estão contratando seguranças para tentar evitar prejuízos causados pelos meninos. Na rua Oscar Freire, seguranças ficam de plantão durante a noite. "Muitas lojas estavam sendo arrombadas e ficamos com medo de arrastões", justifica Jorge Zarif, 36, vice-presidente da associação dos comerciantes da rua. "Mais de 70% dos furtos e arrombamentos na região são cometidos por menores", diz o capitão PM José Everardo da Silva. Texto Anterior: Vaga em fila para visto vale US$ 50 Próximo Texto: 'É preciso construir albergues' Índice |
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