São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Desempregada oferece filho em anúncio de jornal
ANDRÉ LOZANO
Diz o anúncio da desempregada: "Estou grávida. Não quero a criança. Sei que existem pessoas que querem ter um e não podem. Estou convicta do que não quero. Tr. R. Campo Grande nº 6 - Redenção. Fone: (092) 651-1561. Itelvina". Ela disse que não pretende vender a criança, mas entregá-la a quem se dispuser a lhe pagar uma operação de ligação de trompas, para que ela não possa ter mais nenhum outro filho. Aborto "Não tenho condições de cuidar desse filho. É melhor dar do que matar", disse a mulher afastando a hipótese de aborto. Itelvina tem duas filhas, Adriana, 4, e Bruna, 1. As duas crianças moram com a avó porque Itelvina não tem dinheiro suficiente para sustentá-las. Ela contou que conheceu um homem a menos de um ano. Quando ele soube que ela estava grávida, desapareceu. Ajuda Itelvina disse que "até aceitaria" ajuda da possível nova família de seu filho com remédios e despesas médico-hospitalares que venha a ter. O anúncio foi publicado anteontem. Um dia depois, duas pessoas ligaram para Itelvina. Nenhuma se comprometeu em ficar com a criança. Segundo o delegado-adjunto da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, Nasser Neto, a publicação do anúncio não é ilegal. Mas quando a criança nascer, segundo Nasser Neto, os pais adotivos terão de cumprir todas as etapas legais para a adoção. Texto Anterior: Assaltante cai ao escalar prédio Próximo Texto: Réu defendido por leigo tem a sentença anulada Índice |
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