São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994
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APM pode gerenciar saúde do Campo Limpo

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal de Saúde, Silvano Raia, quer transferir a administração do distrito de saúde do Campo Limpo para a APM (Associação Paulista de Medicina).
A nova proposta prevê que a APM irá gerenciar todo o distrito de saúde da região, com 20 Unidades Básicas de Saúde, dois ambulatórios e um hospital dia de saúde mental.
Até então o projeto de parceria incluía apenas o Hospital Municipal de Campo Limpo.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, o hospital tem um índice muito alto de funcionários por leito (sete para cada leito). Seriam necessários, segundo a secretaria, apenas três funcionários por leito.
O projeto da secretaria prevê que a APM irá fazer um remanejamento desses funcionários e pagar um adicional de produtividade para melhorar os serviços de atendimento.
Para o vereador Adriano Diogo (PT), membro da comissão de saúde da Câmara, a parceria é ilegal. "Não existe a figura jurídica da parceria. É ilegal um hospital pagar a entidades por gerenciamento. O presidente da APM, José Knopling, é candidato a deputado federal pelo PSDB e existe um interesse político nisso."
Segundo o vereador, o que poderia ser feito é um contrato de gestão para haver uma descentralização ou realizar a privatização dos hospitais.
A proposta tem que ser apresentada à Câmara.
Uma segunda proposta da secretaria prevê a criação de 500 equipes de "médico-família".
Os médicos residiriam no próprio local de atendimento, onde montariam um consultório e teriam melhores salários.
Adriano Diogo faz críticas também a esse projeto, que seria "caríssimo e atropela todo o conceito de posto de saúde e hierarquia de atendimento". "Seria mais uma experiência de gastar dinheiro público leiloando os hospitais."

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