São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994 |
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Venda a prazo já ensaia recuperação
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Nos dias 5, 6 e 7 de julho a média diária de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (da Associação Comercial de São Paulo –ACSP), indicador de vendas à prazo, cresceu 22,7% na comparação com dias 1, 2 e 4. Também a média diária de consultas ao Telecheque, indicador de vendas à vista, aumentou no período, mas em ritmo menor: 8,8%. "O consumidor começou a se acostumar com o real", diz Marcel Solimeo, economista da ACSP. Segundo ele, com o real, o comércio alongou prazos do crediário, apostando na inflação menor. No caso do cheque pré-datado, diz Solimeo, os prazos passaram de 15 dias para até dois meses. "Há empresas oferecendo até crédito em dez parcelas, o que não se via antes", afirma Solimeo. No SPC, a redução é de 4,1%. No Telecheque, chega a 27,06%. Solimeo diz que, na era do real, as pessoas usam menos cheques e mais dinheiro vivo. "Os pré-datados já perdem para os cartões." Apostando nisso o Mappin oferece, desde o dia 1º, pagamento à vista igual ao em duas vezes em todos os cartões de crédito. Desde 92, as duas parcelas eram feitas só em pré-datados. Segundo Sérgio Orciuolo, diretor, o Mappin pratica também o crediário em até cinco vezes, com juros de 3,5% a 9%. A recuperação das vendas à prazo, no entanto, deve estimular também o uso dos pré-datados, que despencou até junho deste ano. Reinaldo Calçade, gerente de marketing da Goodcheck, diz que os níveis de 93 –quando os pré-datados chegaram a representar 56% dos cheques dados ao comércio– não devem se repetir. Texto Anterior: Produção no Centro-Sul cresce 22,7% na safra 94/95 Próximo Texto: Média não se aplica ao aluguel de junho Índice |
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