São Paulo, sábado, 9 de julho de 1994
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Finalmente um ataque: (histérico)

MARCELO FROMER ; NANDO REIS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Talvez nossa melhor jogada de ataque até o momento tenha sido feita por um jogador que está no banco não se sabe por que, e pior, depois que o jogo já havia acabado. Na voz de Muller, se é bem verdade o que foi confirmado por alguns especialistas, o desabafo de quem, como muitos torcedores, está profundamente descontente.
Há aqueles que, apesar de tudo, ainda defendem a postura de Teimoso e Velho Zaga. Sob a alegação de que o sonho acabou e que temos que jogar defensiva e horizontalmente, vamos aos trancos e barrancos agora para enfrentar a imprevisível Holanda.
Mas há uma contradição explícita na argumentação desses dois técnicos. Se é verdade que temos que abdicar do talento em função de uma marcação abusiva, não é isso o que temos assistido nos jogos do Brasil. Pelo contrário, não fosse a genialidade de Romário aliada a perseverança e garra dos outros jogadores, talvez nem tivéssemos passado pelos EUA.
Em suma, não fosse o talento de Romário, talvez não pudessemos sentar hoje diante da TV para torcer por mais uma vitória brasileira. Se boa parte dos jogadores estiverem em sintonia com Muller, talvez fosse melhor dar menos ouvidos aos nossos técnicos.

Marcelo Fromer e Nando Reis são integrantes da banda Titãs. Sua coluna na Copa sai aos sábados, domingos e segundas-feiras.

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