São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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COMO FOI A SEMANA DA SUCESSÃO PRESIDENCIAL

O QUE FIZERAM
Lula
O candidato do PT prosseguiu sua "caravana da cidadania" pelo vale do São Francisco. Enfrentou diversos problemas: protesto de funcionários públicos, boicote de radialista e até um inesperado "naufrágio" do ônibus que usava para os trechos terrestres da viagem. Ainda teve que amargar a diminuição de sua vantagem sobre o segundo colocado nas pesquisas, Fernando Henrique Cardoso. Lula, que tinha 41%, passou a 38%, uma queda que supera a margem técnica de erro da pesquisa.

FHC
Mexeu-se pouco, mas em todas as suas aparições públicas procurou capitalizar a boa recepção que o real teve, segundo as pesquisas. Previu que os juros vão cair. Satisfeito com as pesquisas que apontam tendência de crescimento de sua candidatura (segundo o Datafolha, passou de 19% a 21%, o que é uma variação dentro da margem de erro), disse, no entanto, que o "efeito real" ainda não se fez sentir. Mais uma vez, só começou a fazer campanha na quinta-feira.

Brizola
Passou a semana inteira no Rio, mais precisamente em seu apartamento, em Copacabana. Não fosse por um encontro com o cardeal arcebispo do Rio, d. Eugênio Sales, a semana teria passado completamente em branco. Oficialmente, Brizola está sempre "reunido com assessores", mas na verdade está fazendo "cera", esperando o horário gratuito na TV e no rádio começar, dia 2 de agosto. Está empacado nos 7%.

Quércia
Outro campeão das "reuniões com assessores". Suas poucas escapadas em busca de votos privilegiam a sua base principal, o Estado de São Paulo. Fez um comício em Franca na quinta-feira. Esteve também em Maceió. Sua candidatura não decola e são constantes as especulações de bastidores dando conta de que será forçado pelo partido a renunciar. Oscilou de 6% para 7%.

Amin
Passou boa parte do tempo em Brasília e repetiu sua estratégia de ir em busca de votos nas principais ruas de comércio de grandes centros (no caso, Rio e São Paulo). Continua patinando em inexpressivos 3% nas pesquisas, mas disse que não esperava crescer antes do fim da Copa. Segundo o candidato do PPR, a comparação com seus concorrentes vai favorecê-lo aos olhos do eleitorado.

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