São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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FHC tenta aproximar imagem de JK

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Para tentar colar ainda mais sua imagem à do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), Fernando Henrique Cardoso vai realizar manifestação no Memorial JK, em Brasília, no dia 29 de julho.
O presidenciável do PSDB está convidando amigos e familiares de Juscelino. Márcia, filha do presidente e candidata ao Senado pelo PP do DF, já garantiu sua presença.
FHC quer ser o JK da eleição de 1994. Seu discurso também está centrado na retomada do desenvolvimento econômico e na construção de grandes obras.
Desde o início da campanha, FHC tem tentado explorar a imagem de JK. A escolha das cinco metas de seu governo foi inspirada no chamado "Plano de Metas" de Juscelino.
JK prometia basear sua administração em trinta metas, divididas em cinco setores –energia, transporte, alimentos, indústria de base e educação. "Cinquenta anos em cinco", era o lema da campanha.
A exemplo de JK, FHC também promete cinco metas para sua administração –emprego, agricultura, segurança, educação e transporte.
O símbolo da campanha é uma mão espalmada. "O Brasil em boas mãos", é o lema.
O ato no Memorial JK será a primeira grande manifestação de FHC após a Copa do Mundo.
Políticos, empresários e líderes sindicais estarão presentes. FHC quer fazer do ato um grande acontecimento político.
Vai aproveitar para lançar um documento que servirá de eixo para a sua campanha.
O nome ainda está sendo definido. Mas poderá se chamar "Bases para Recuperação do Desenvolvimento Nacional".
FHC vai detalhar também as cinco metas de sua administração e apresentar o projeto final de seu programa de governo.
Cópias do programa serão distribuídas em todo o país.
Adesões do PMDB
O comando da campanha do PSDB espera engrossar a manifestação do Memorial JK com adesões de peemedebistas
A previsão é de que até o final de agosto a dissidência do PMDB migre para FHC.
Nas contas dos tucanos, os primeiros peemedebistas a manifestar apoio ao candiato tucano serão os gaúchos.
O deputado Nelson Jobim e o senador Pedro Simon integram esse bloco.
Os tucanos também aguardam a adesão do senador Gerson Camata (PMDB-ES) e de sua mulher, a deputada Rita Camata.
No caso dos peemedebistas que disputam governos estaduais, a adesão será diferente.
Antônio Britto, que disputa o governo gaúcho, e o senador Wilson Martins, candidato no Mato Grosso do Sul, não se manifestarão publicamente, mas trabalharão em silêncio por FHC.

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