São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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Rio contesta dados sobre morte de menores

NILSON BRANDÃO
DA SUCURSAL DO RIO

A Secretaria de Polícia Civil do Rio informou que 57 (10,2%) dos 560 homicídios contra menores ocorridos em 93 no Estado, conforme dados oficiais, resultaram da ação de grupos de extermínio.
O assessor de comunicação da secretaria, Wanderley Borges, disse que polícia contesta dados divulgados pelo Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas) sobre o extermínio.
Levantamento da entidade conclui que 855 (74,2%) das 1.152 mortes violentas contra menores no Estado em 93, de acordo com levantamento do Ceap, tiveram ligação com grupos de extermínio.
O Ceap disse que o levantamento tomou como base dados do IML e da Secretaria de Polícia Civil.
Conforme estatística da secretaria, dos 560 homicídios contra menores em 93, 73,6% têm motivação indefinida, 3,8% decorreram de brigas, 2% de disputa entre quadrilhas, 1,1% de confronto policial e 9,3% de outras causas.
Dados oficiais mostram que até o mês de maio de 94, ocorreram 228 homicídios de menores, dos quais 23 (10%) tiveram ligação com grupos de extermínio.
Borges disse que os dados do Ceap "não representam a realidade" sobre os homicídios e que a entidade manipulou os dados.
SSegundo a secretaria, há 350 policiais civiss e militares presos atualmente no Estado, acusados de ligação com grupos de extermínio, "parte deles cumprindo pena".

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