São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994 |
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Juros altos tornam consórcio boa opção
VERA BUENO DE AZEVEDO
A tendência, com a nova moeda, é que os bancos e financeiras passem a oferecer empréstimos por períodos maiores, de 12, 18 ou mais meses, competindo diretamente com os consórcios. Mas, se os juros continuarem altos, a alternativa mais vantajosa financeiramente para os consumidores é, sem dúvida, o consórcio. Isto porque, além de não cobrar juros, os encargos do sistema, como taxa de administração e fundo de reserva, são prefixados e diluídos nas prestações, pesando menos no seu bolso. Tome como exemplo um Monza GLS a gasolina, duas portas, que custa à vista R$ 23.329,00. Num grupo de consórcio oferecido pela revendedora Itacolomi, de São Paulo, com duração de 12 meses, a prestação inicial seria de R$ 2.196,81. Esta prestação é composta por 8,33% de amortização do preço do carro (para que, ao término dos 12 meses, você tenha quitado 100% de seu valor); 0,83% de taxa de administração (10% nos 12 meses); e 0,25% para compor o fundo de reserva (3% nos 12 meses). Um encargo total de 13,76% ao ano. Se você fizesse um empréstimo pessoal no valor de R$ 23.329,00 em um grande banco consultado pela Folha, na quinta-feira, também pelo prazo de um ano, pagaria prestações mensais de R$ 2.771,87. O que corresponde a juros anuais de 42,58%. A taxa cobrada pelo banco, no mesmo período, é mais de três vezes maior que os encargos que você pagaria ao consórcio. O valor principal (R$ 23.329,00) seria corrigido nos dois casos: no consórcio, pelos aumentos do preço do carro; no empréstimo bancário, pela TR. Se os preços dos veículos se mantiverem estáveis com a nova moeda, a vantagem do consórcio será ainda maior, porque a TR vai continuar variando todo mês. Mas, se houver reajuste ou ágio no preço dos carros, como existe no momento com os populares, a situação pode se inverter. Texto Anterior: Conheça as regras do real Próximo Texto: OS CUIDADOS ANTES DE COMPRAR UMA QUOTA Índice |
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