São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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Seleção sueca aposta no seu rigor tático

UBIRATAN BRASIL
DO ENVIADO A SAN FRANCISCO

O técnico da Suécia, Tommy Svensson, preocupou-se durante a semana de preparação para o jogo de hoje contra a Romênia, de detalhes. A partida, em San Francisco, começa às 16h30 (horário de Brasília).
"Esse é o caminho da vitória", diz o treinador. "'A princípio, as chances das duas equipes são rigorosamente iguais. Mas preparamos o time para aproveitar algumas deficiências do adversário que nos garantem 60% de chance."
Svensson fez um mapeamento da tática romena. Segundo ele, o time funciona apenas em função da habilidade do meia Hagi, jogando em contra-ataque.
"Os romenos têm uma disposição muito grande para as jogadas rápidas, que dependam principalmente da habilidade individual. Aí que surge nossa vantagem", comenta o técnico sueco.
Segundo Svensson, sua equipe é mais bem estruturada taticamente. A preparação começou em dezembro de 90, quando assumiu o time, e vem sendo aprimorada.
"É mais fácil anular um ou dois jogadores que são excelentes que liquidar com um esquema por inteiro", acredita Svensson, que não pensa, porém, em uma marcação individual a Hagi.
"Os grandes times da Copa já mostraram que a marcação por zona é a mais eficiente. É essa que vamos usar com rigor."
A eficiência desse trabalho é o grande teste de um plano elaborado logo depois da Copa da Itália. Com o fracasso naquele Mundial (terminou em 21º lugar, depois de perder todos os três jogos), os dirigentes resolveram inovar.
Contrataram Svensson, que tinha experiência basicamente com jogadores inexperientes, para acertar os erros apresentados na Itália.
"Começamos um trabalho de conscientização para a Copa de 94, em que jogadores mais jovens conviveriam com os que atuam no exterior", conta o meia Brolin, que joga no Parma italiano.
"A chance de dar certo era grande porque foi a primeira vez que reunimos um grupo bom com uma tática de jogo que parecia favorável. Antigamente nunca conseguimos reunir as duas condições favoráveis."
O trabalho era basicamente condicionar os jogadores a um esquema em que se tentasse uma união do rigor de um plano tático a uma liberdade aos jogadores mais habilidosos.
"A grande vantagem foi ter muitos jogadores atuando em outros países, que trouxeram sua experiência e sugestões", disse o atacante Martin Dahlin, que joga no Borussia Moechengladbach, da Alemanha.
O teste de avaliação do trabalho foi contra o Brasil, na primeira fase da Copa. "Acho que fomos aprovados porque, pelo menos no primeiro tempo, anulamos o país que acredito ser o futuro campeão", disse Svensson.
Contra a Romênia, o treinador espera repetir aqueles minutos iniciais contra o Brasil.
"Os romenos têm também um estilo latino, o que vai exigir nossa aplicação. Mas, dessa vez, já posso pensar em mais sucesso."

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