São Paulo, domingo, 10 de julho de 1994
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Técnico pretende "latinizar" futebol

UBIRATAN BRASIL
DO ENVIADO A SAN FRANCISCO

Técnico pretende 'latinizar' futebol
O favoritismo conferido à seleção brasileira para conquistar a Copa do Mundo revela a ambição do técnico Tommy Svensson. Ciente de que a forma de jogar do futebol sueco é limitada, o treinador procura uma "latinização".
Os suecos tradicionalmente utilizam o estilo inglês, baseado em uma forte defesa e longos lançamentos de contra-ataque.
"Já estamos cansados dessa forma, que vem demonstrando não ser muito produtiva", disse o treinador. "Quero que os jogadores sintam liberdade para tentar o drible, quando for possível."
A ascensão de Andersson e a consagração de Martin Dahlin como artilheiro do time são apontados por Svensson como exemplos de sucesso do novo estilo.
"O problema é que só se deve pensar em grandes mudanças talvez para a Copa da França, em 98", comenta o meia Brolin, que mantém contato constante com a forma latina ao jogar no Parma.
O mesmo pensamento tem Dahlin, que joga no futebol alemão. "Nossa tradição é muito forte. Os garotos suecos já aprendem a jogar daquele jeito. O aprendizado vem quando se transfere para um time que participe de um campeonato mais exigente."
O problema se agrava com o fato de o futebol sueco ser semiprofissional –para completar os salários, os jogadores têm outra profissão, como o goleiro Ravelli, que vende motores elétricos para firmas de grande porte.
Svensson sabe que a decisão é a médio prazo. "Não teremos tão logo um campeonato como o inglês ou o italiano, simplesmente por problemas econômicos", disse.
"Mas uma boa colocação nessa Copa do Mundo pode acelerar o processo." (UB)

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