São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994
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Cansaço é o maior inimigo dos italianos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O técnico da seleção italiana, Arrigo Sacchi, disse ontem que o que mais lhe preocupa agora é a fadiga de seu time.
Além do calor do verão norte-americano, que afetou todas as equipes, o fato de jogar duas partidas (uma com prorrogação) com 10 jogadores, causou uma baixa no rendimento físico dos italianos.
Sacchi disse que no fim do jogo contra a Espanha, anteontem em Boston, a deterioração física de seus jogadores era "mais que evidente".
O astro do time, o atacante Roberto Baggio, disse que não tinha forças nem para levantar os braços para comemorar a vitória de 2 a 1 sobre os espanhóis.
"Jogamos bem no começo da partida, mas no segundo tempo, perdemos as energias e ficamos à mercê de nossos adversários", comentou Sacchi.
Sacchi afirmou, no entanto, que a vitória sobre a Espanha deu "uma injeção de força e confiança para a equipe", criticada desde o início do Mundial pela imprensa italiana.
O técnico da Itália disse também que essa Copa é "imprevisível", e destacou a atuação do Brasil contra a Holanda como "espetacular, principalmente se comparada com o opaco desempenho deles (os brasileiros) contra os EUA, nas oitavas-de-final".
Sacchi negou que o cansaço fará com que mude o esquema tático da equipe, como havia sugerido Roberto Baggio, tendo em vista diminuir o esforço físico dos jogadores.
O técnico disse que continuará com marcação por zona, pressão no meio-campo e ataques rápidos.
"Esse time da Itália, se quiser ganhar o Mundial, deverá pressionar e correr, ao invés de contar com a sorte, como no jogo contra a Espanha", disse Sacchi.

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