São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994 |
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Festejo invade a madrugada
JOÃO MÁXIMO; MAURÍCIO STYCER
A comemoração começou no Hotel Doubletree, o cinco estrelas que hospedou o time do Brasil em Dallas, e entrou pela madrugada. Para espanto e, depois, diversão dos norte-americanos, os brasileiros transformaram o sóbrio bar do hotel num animado pagode. Romário, sempre seguido de perto por Dunga, era um dos mais animados. Conversou muito, deu autógrafos, tocou atabaque e sambou no bar do Doubletree. Antes de o samba pegar, Romário passou por maus momentos. Durante cerca de 20 minutos ficou sentado, conversando com seu irmão Ronaldo, com Dunga e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira (leia matéria ao lado). Na verdade, constrangidos, os quatro não conseguiam trocar palavra, nem sair de onde estavam. Cercados por dezenas de turistas com câmeras fotográficas, eles ficaram ali plantados, posando para fotos e sorrindo. Romário e Dunga foram salvos pelos sambistas. Ao redor dos dois jogadores, os músicos-torcedores tentavam adaptar o refrão da música "Fio Maravilha", de Jorge Benjor. Eles cantavam "Romário maravilha, nós gostamos de você", mas o excesso de sílabas e a sonoridade do nome do atacantes impediram que a canção emplacasse em nova versão. Liderados pelo corneteiro D'Artagnan, um torcedor profissional, os sambistas ainda tentaram outra adaptação para a música, cantando: "Branco maravilha, nós gostamos de você". O som ficou melhor, mas a coisa não foi longe. A descontração era tão grande que, a certa altura, um torcedor brasileiro sentou no piano do lobby do hotel e começou a tocar. Ninguém reclamou e ele foi embora, madrugada adentro, desfiando repertório de aluno de segundo ano.(JM e MSy) Texto Anterior: Caminho do Brasil ao tetra é feito de pétalas Próximo Texto: Para Branco, luta pela posição continua Índice |
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