São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994 |
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ONU convoca brasileiros para Força de Paz
NILSON BRANDÃO
A missão do Cobramoz (Contingente Brasileiro em Moçambique) será atuar em caso de confronto entre duas facções políticas que fizeram acordo pela desmobilização e desarmamento até as eleições de outubro em Moçambique. A emoção tem marcado o embarque das tropas. No primeiro, cerca de 300 familiares foram ao 1º Distrito Naval, no Rio, para se despedir dos pára-quedistas. "É muita tristeza saber que eles vão, mas não ter certeza de que voltarão", disse Adriana Rocha, 22, filha única do 3º sargento da Brigada de Pára-Quedistas, Laucir Rocha, 44. Vanda Lima, 26, mulher do pára-quedista Luciano Santos, 28, disse, no meio de forte crise de choro, que era "muita dor" ver o marido partir. Durante a despedida, a banda do Exército executou desde "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, a "Let Me Try Again", sucesso na voz de Frank Sinatra. A banda também tocou o Tema da Vitória, usada pela Rede Globo em transmissões de Fórmula 1 –música quase sempre associada ao piloto Ayrton Senna, morto em 1º de maio. Os militares do Cobramoz partem para o país africano usando o capacete azul, característico da Força de Paz da ONU. A participação do Brasil foi requisitada pela ONU para o período de seis meses, podendo ser renovada por igual período. A atuação de militares no exterior é considerada "serviço nacional relevante" pelo Exército. Eles substituirão a tropa italiana, que cumpriu a mesma missão por um ano e está deixando a África. O primeiro grupo de oficiais seguiu para Moçambique, no último dia 3, no navio "Ceará", da Marinha, e o segundo, dia 8, em aviões da FAB. O Exército também está enviando equipamentos militares. Texto Anterior: AS GUERRAS NO MUNDO Próximo Texto: Conflito entre Iraque e Irã assusta teens Índice |
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