São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994 |
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Conflito entre Iraque e Irã assusta teens
DA REPORTAGEM LOCAL Apesar de o Brasil ficar longe de zonas de conflito, alguns adolescentes brasileiros já viveram bem perto da guerra.A experiência, segundo eles, é inesquecível. Vanessa Premazzi, 17, filha de um engenheiro da construtora Mendes Júnior –que tinha canteiros de obras no Iraque– viveu no país de 81 a 86. Ela conta que começou a conviver com sinais do conflito entre Irã e Iraque desde a chegada e ficou bem assustada. "O avião foi cercado por soldados e tivemos que tirar a roupa para revista. Todos tinham muito medo de terroristas." Apesar de o acampamento ficar longe da zona de conflito –a 200 km de Bagdá– ela diz que era possível ver e ouvir o barulho dos aviões de guerra. "Uma vez caiu um helicóptero perto de casa. Nosso medo era que os conflitos piorassem e a coisa ficasse feia, como aconteceu depois na Guerra do Golfo (em 1991)." A agente de turismo Mônica Machado Mafra, hoje com 30 anos, foi para o acampamento quando tinha 16. Ela costumava visitar seus pais em Bagdá. "A gente via pilhas de caixões chegando e muitas mulheres gritando." Ela conheceu jovens iraquianos e ficou impressionada com o entusiasmo deles pela guerra. "Andavam sempre fardados e carregavam armas para atirar nos aviões inimigos." Texto Anterior: ONU convoca brasileiros para Força de Paz Próximo Texto: Professora enfrentou cinco ataques aéreos Índice |
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