São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 1994
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País está de luto pela morte do presidente

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A morte de Kim Il-sung colocou o país inteiro em luto, informou a imprensa estatal norte-coreana.
"Todo o partido, todo o povo e o Exército inteiro" choram a morte do "Grande Líder", informou a Agência Central de Notícias Coreana. Foi o primeiro comunicado oficial sobre a reação à morte do ditador de 82 anos.
"Todo o povo coreano está indo de modo incessante para as estátuas de bronze do presidente Kim Il-sung na capital, Pyongyang (...) e em outros locais do país."
O Ministério da Defesa informou que a maioria das atividades militares no país foram suspensas.
Segundo o ministério, o país está se preparando para o funeral de Kim Il-sung, no dia 17 de julho.
Autoridades disseram que as transmissões de rádio instaram os norte-coreanos a se unirem em torno do filho do ditador, Kim Jong-il.
A imprensa oficial enfatizou que o filho do ditador, de 52 anos, vai assumir as funções do pai.
As rádios do país e os alto-falantes na fronteira, segundo as autoridades, interromperam a propaganda política contra a Coréia do Sul.
Reações
Os principais líderes da China expressaram esperança de que, com a morte de Kim Il-sung, os norte-coreanos irão se unir em torno do Partido dos Trabalhadores da Coréia do Norte, liderado por Kim Jong-il, filho do ditador.
O presidente chinês, Jiang Zemin, o primeiro-ministro, Li Peng, e o presidente do Congresso Nacional do Povo, Qiao Shi, enviaram uma mensagem conjunta de condolência ao partido coreano.
O presidente de Cuba, Fidel Castro, publicou sua condolências em um jornal cubano.
"O fato de ter um mesmo inimigo somou-se ao que tínhamos em comum, o que aumenta o pesar de nosso povo, de nosso partido e de todos os camaradas na liderança revolucionária", afirmou.
Castro chamou o ditador morto de "defensor ardente do socialismo e amigo sincero e leal".
O governo japonês disse que o primeiro-ministro do país, Tomiichi Murayama, deve adiar uma visita programada à Coréia do Sul para o dia 16 de julho, véspera do funeral de Kim Il-sung.
Murayama é o primeiro premiê socialista japonês dos últimos 47 anos. O Partido Social Democrático do Japão tem um histórico de boas relações com a Coréia do Norte.

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