São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994![]() |
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Agora candidato tucano critica o IPMF
EMANUEL NERI; TALES FARIA
O IPMF – que cobra 0,25% sobre o valor de saques bancários – foi criado em julho de 1993, quando FHC era ministro da Fazenda. Na época, o ministro chegou a ameaçar com a criação de outros impostos caso o IPMF não fosse implantado. "Não gosto (do IPMF), mas sou obrigado a cobrá-lo. Se ele desparecer, terei de inventar outro", disse FHC No dia 5 de setembro do ano passado. FHC falou sobre o IPMF ao gravar ontem um programa de TV para o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Para ele, a cobrança desse tributo atualmente é "gritante". "Neste momento, feita a estabilização, passa a ser escorchante – 0,25% com uma moeda estável é muito dinheiro", afirmou. "Com a inflação, some. Mas, agora, não. Tem de baixar", concluiu. O candidato a presidente pelo PSDB disse que o pensamento do ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, não "é diferente" do dele. O IPMF é um imposto provisório, criado por lei complementar, e tem vigência até dezembro deste ano. O candidato tucano quer agora assumir a paternidade de sua extinção. O sócio FHC defendeu ontem seu sócio e amigo Sérgio Motta da responsabilidade por prejuízos de US$ 8,5 milhões aos cofres públicos com a criação de uma empresa pública para produzir álcool de madeira. "A manchete liga o fato a coisa de 15 anos, quando eu nem conhecia o Sérgio Motta", disse, sobre a revelação feita anteontem pela Folha. Motta é sócio de FHC em uma fazenda em Minas Gerais. "Não tem anda a ver", disse o candidato. Segundo ele, a divulgação do envolvimento de Motta nesse episódio é uma tentativa da Folha de contrabalançar o noticiário sobre José Paulo Bisol, candidato a vice de Lula. "É uma vontade de 'toma lá, dá cá'. Já que atacou Bisol, tem de atacar do lado de cá também", afirmou. FHC também defendeu Guilherme Palmeira, seu candidato a vice, da acusação de suposto envolvimento com recebimento de propinas de uma empreiteira. Britto FHC planeja obter amanhã, pessoalmente, uma manifestação de apoio do peemedebista Antônio Britto, candidato ao governo do Rio Grande do Sul. A assessoria de FHC articulava ontem para incluir na agenda desta semana o primeiro encontro do candidato com Britto, em Porto Alegre, depois que ambos lançaram suas candidaturas. A idéia é juntar os dois para assistir ao jogo entre Brasil e Suécia. O deputado Adroaldo Streck (PSDB-RS) ficou encarregado de confirmar com Britto o encontro. Britto já informou a Streck que é favorável, mas ficou de discutir a questão com o PMDB gaúcho. Colaborou TALES FARIA, da Sucursal de Brasília Texto Anterior: FHC se nega a assinar real Próximo Texto: Pelos vices Índice |
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