São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994
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Taxas de juros continuam em queda

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O mercado futuro de câmbio estima que o dólar ficará abaixo do real pelo menos até 30 de setembro.
O mercado projeta a cotação do dólar em R$ 0,96 para 29 de julho, em R$ 0,98 para 31 de agosto e em R$ 0,99 para 30 de setembro.
Ontem, os exportadores suspenderam o fechamento do câmbio, quando a cotação atingiu R$ 0,921.
No mercado de renda fixa, persiste a queda nas taxas.
O Banco Central interveio logo pela manhã fixando a taxa do over (negócios entre instituições financeiras) de 11,57% ao mês. Em uma segunda intervenção, baixou a taxa para 11,55% ao mês.
O mercado de Certificado de Depósito Bancário acompanhou a queda nas taxas.
No mercado futuro de juros (DI) da Bolsa de Mercadorias & Futuros, houve um reajuste para cima nas taxas, por causa da divulgação de uma alta no custo da cesta básica do Procon/Dieese.
A elevação nas taxas do mercado futuro não inverteu, no entanto, a tendência de queda nos juros. O mercado projetava juro acumulado para este mês de 6,92% na sexta-feira e ontem fechou projetando 6,85%.
A tendência dos juros continua decrescente, sendo a estimativa de taxa acumulada de 3,83% para agosto e 3,11% para setembro.
Nas Bolsas de Valores, os investidores resolveram vender ações para apurar lucros. Nos últimos três pregões da semana passada, a alta acumulada do índice Bovespa foi de 14%. Ontem, o pregão da Bols paulista fechou com queda de 1,0%

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,298% no último dia 7. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas variaram entre 11,25% e 11,30% ao mês, contra 11,69% ao mês na última sexta-feira.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem dia 12 rendem 32,3235%. As taxas dos CDBs de 123 dias indexados à Taxa Referencial variaram entre 19% e 21% ao ano. As taxas dos CDBs prefixados para 30 dias variaram entre 40% e 100,5% ao ano.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: variando entre 11,3% e 11,4% ao mês, contra a média de 11,93% ao mês no dia anterior. Para 30 dias (capital de giro): variando entre 99,7% e 111% ao ano.

No exterior
Prime rate: 7,25%. Libor: 5,3125%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 40.108 pontos com queda de 1,0% e volume financeiro de R$ 189,97 milhões, contra R$ 262,68 milhões no pregão anterior. Rio: baixa de 0,8% (I-Senn), fechando com 15.319 pontos e volume financeiro de R$ 16,11 milhões, contra R$ 20,81 milhões no pregão anterior.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.702,99 pontos, contra 3.709,14 pontos no dia anterior. O índice Financial Times em Londres fechou a 2.352,90 pontos, contra 2.331,10 no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 20.473,09 pontos, contra 20.526,51 pontos no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,921 (compra) e R$ 0,926 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,915 (compra) e R$ 0,920 (venda). "Black": R$ 0,920 (compra) e R$ 0,950 (venda). "Black" cabo: R$ 0,920 (compra) e R$ 0,950 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,870 (compra) e R$ 0,970 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,87%, fechando a R$ 11,62 o grama na BM&F, movimentando 1,77 tonelada, contra 1,30 tonelada na última sexta-feira.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres a libra foi cotada a US$ 1,5642, contra US$ 1,5480. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5405 marco alemão, contra 1,5750 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,55 ienes, contra 98,53 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 387,10, contra US$ 384,10 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou em 6,85% ao mês, contra 6,92% no dia anterior.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,96 para 29 de julho; R$ 0,98 para 31 de agosto e R$ 0,99 para 30 de setembro.
O índice Bovespa futuro fechou a 43.000 pontos, com expectativa de valorização de 5,81% ao mês.

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