São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 1994
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Brasil se defende com 9 na área

FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
ENVIADOS ESPECIAIS A LOS ANGELES

A seleção brasileira vai se defender com nove jogadores na área nas cobranças de escanteios da Suécia amanhã numa das duas semifinais da Copa do Mundo.
A equipe treinou ontem um esquema para impedir as cabeçadas dos jogadores suecos.
O treinamento foi no estádio Rose Bowl, em Pasadena (cidade vizinha a Los Angeles, no Estado da Califórnia, Estados Unidos). É o local do jogo de amanhã.
O maior temor do técnico Parreira são as jogadas pelo alto da Suécia (leia texto sobre a altura dos jogadores na página 4-5).
Só os atacantes Bebeto e Romário não ficarão na área para marcar os adversários. Romário não participou do treino de ontem porque estava com dores musculares, mas joga amanhã.
Enquanto o Brasil treinava, dois operários montavam na arquibancada o palanque de madeira onde os campeões receberão o troféu no domingo.
Depois do treino, o goleiro Taffarel recebeu a informação de que foi multado em 10 mil francos suíços (cerca de R$ 6.800) pela Fifa.
Motivo: usa nas luvas logotipo muito grande do fabricante (Reusch). Há limite para o tamanho dos logos em uniformes.
Parreira disse que a seleção amanhã vai ousar mais do que até agora para se classificar à final do domingo. "Vamos sair mais, apertar, ousar."
A escalação será a mesma que começou a partida contra a Holanda no sábado. Os meias Zinho e Mazinho continuam no time. Raí ficará de novo na reserva.
Parreira afirmou que Bebeto e Romário são a melhor dupla brasileira de atacantes desde a Copa de 70. "Depois de Pelé e Tostão eles são os melhores."
O possível cansaço dos suecos será a maior vantagem brasileira, na opinião do coordenador-técnico Mário Lobo Zagalo.
"Eles jogaram as quartas-de-final no domingo, um dia depois de nós. Além disso, disputaram prorrogação e pênaltis. Se tocarmos bem a bola, eles vão cansar."
Parreira conversaria com os jogadores à noite para alertá-los sobre eventual superotimismo.
"Eles são experientes, não vão entrar no 'já ganhou', mas não custa conversar."
Em entrevista a jornalistas estrangeiros, ele afirmou que ser técnico da seleção implica risco de "sentença de morte. Por isso quero vencer a semifinal e a final. Gosto da vida, quero me manter vivo, não quero morrer", disse rindo.

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