São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994 |
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Bisol cumpre silêncio imposto pelo PT DENISE MADUEÑO DENISE MADUENO; GUSTAVO KRIEGER
Enquanto os partidos que compõem a coligação discutem publicamente sua atuação, Bisol está há dois dias em seu apartamento em Brasília sem sair nem dar entrevistas. Anteontem, um barbeiro do Senado foi chamado para fazer a barba de Bisol. Ele está usando atualmente dois tipos de remédio. Um vaso-dilatador, recomendado para controlar a pressão alta, e um relaxante muscular para dores na coluna vertebral. Desde a CPI do Orçamento, Bisol reclama de problemas na coluna. O senador trabalhou nesses últimos dois dias na defesa que apresenta hoje a Lula e na reunião da coordenação jurídica da Frente PT-PSB. O deputado tucano Sigmaringa Seixas (PSDB-DF) visitou Bisol ontem e disse que o senador está "abatido com as acusações, mas forte e seguro de que não cometeu deslizes". Sigmaringa trabalhou com Bisol na CPI que investigava as emendas ao Orçamento da União. Os dois exerceram a função de coordenador de subcomissão. A "lei do silêncio" imposta a Bisol é uma tentativa de evitar embaraços políticos à candidatura do PT. Segundo assessores do senador, a sua maior preocupação é com Lula. "O alvo das acusações não é Bisol. É a candidatura de Lula", afirmou o assessor e filho do senador, Jairo Bisol. Ele voltou a afirmar que Bisol não vai renunciar à candidatura. Na elaboração de sua defesa, o senador teve a preocupação de incluir todos os fatos de sua vida que poderão ser objeto de acusação ou crítica contra ele. Bisol reuniu informações sobre empréstimos e financiamentos que obteve em bancos oficiais, aposentadoria e contratação de parentes no Senado e quando ocupou a Assembléia Legislativa em Porto Alegre. Colaborou GUSTAVO KRIEGER, da Sucursal de Brasília. Texto Anterior: Advogado recorrerá ao STF Próximo Texto: PSB apóia Bisol e diz que ele não renuncia Índice |
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