São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 1994
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Juiz determina arquivamento do inquérito da escola Base

DA REPORTAGEM LOCAL

Francisco Galvão Bruno, juiz corregedor do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), determinou o arquivamento do inquérito da escola Base.
O inquérito foi aberto no final de março, após Lúcia Chang e Cléa Parente, mães de alunos da escola Base, terem acusado de abuso sexual de crianças os sócios-proprietários da escola.
A assessoria do Dipo informou ontem que o juiz não vai apresentar a justificativa da sua sentença para a imprensa.
O motivo: as partes envolvidas no caso ainda podem recorrer em instância superior do Tribunal de Justiça.
Na semana passada, o promotor do Ministério Público Sérgio Camargo já havia analisado o inquérito e dado paracer favorável ao arquivamento do caso.
Em seu parecer, o promotor criticou a forma como foi divulgado o caso pela polícia e determinou a abertura de inquérito policial para apurar a depredação da escola, ocorrida no dia 8 de abril.
Camargo concluiu que não havia nenhum indício de que as crianças tivessem sofrido abuso.
Conclusão idêntica foi apontada pelo delegado Gerson Carvalho, da 1ª Seccional, após cerca de três de investigação –inclusive com laudo de avaliação psicológico de dois ex-alunos da Base.
Indenização
Os três casais acusados de abuso sexual –Icushiro e Aparecida Shimada, Paula e Maurício Alvarenga e Saulo e Mara Nunes– decidiram entrar com ações contra o Estado.
Isso deve acontecer ainda nesta semana. Eles vão pedir indenização por perdas e danos morais, além de moverem ação contra o ex-delegado Edélcio Lemos.
Lemos comandou o início das investigações e chegou a determinar a prisão do casal Nunes –pais de um ex-aluno da Base. Três dias depois de presos, Saulo e Mara foram libertados e Lemos acabou sendo afastado do caso. Ele se recusa a falar sobre o assunto.

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