São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994 |
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PSB defende saída do vice
CYNARA MENEZES
"A situação é irreversível", disse ontem o deputado Fernando Lyra (PSB-PE). A saída de Bisol seria, na avaliação do partido, menos desgastante para a candidatura de Lula que sua permanência. O partido de Bisol não quer, porém, que ele cumpra a promessa de abandonar a carreira política, para que seu nome não saia ainda mais prejudicado pelas denúncias. Ontem pela manhã, a direção do PSB em Porto Alegre entrou em contato com o PT local para garantir uma vaga de candidato ao Senado para José Paulo Bisol. Ele sairia candidato no lugar de Fúlvio Petracco, atual postulante ao Senado pelo PSB, que renunciaria em favor do colega. Com o PSB, agora são quatro dos cinco partidos coligados com o PT em torno de Lula que querem a saída de Bisol da chapa. Só o PC do B quer que ele permaneça. O presidente do PPS, Roberto Freire (PE), pediu pessoalmente a Lula, anteontem, a renúncia de Bisol. PSTU e PV também dizem que a situação é "insustentável". No PT, parlamentares como Paulo Paim (RS) e o senador Eduardo Suplicy (SP) ainda defendem a manutenção de José Paulo Bisol na chapa de Lula. "Rifar Bisol é oportunismo político", disse o líder do partido na Câmara José Fortunati (RS). "Prefiro o PT amarrado que cometendo uma injustiça pessoal". Chico Vigilante (PT-DF) defende a substituição. Para ele, afastado, Bisol teria chance de se defender melhor das denúncias. Substituto A princípio, o eventual substituto de Bisol deve ser do PSB. Um dos nomes cotados é o do vice-prefeito de Belo Horizonte (MG), Célio de Castro, 62. Castro disse ontem que admite discutir sua eventual candidatura. "Admito discutir no fórum da prefeitura municipal, sob a coordenação do prefeito (Patrus Ananias-PT) e dos partidos que compõem a Frente Minas Popular". Castro disse que até ontem não havia sido sondado por lideranças do PT sobre essa possibilidade. "Meu nome saiu por meio do noticiário da imprensa. Não fui procurado por nenhuma liderança nacional", disse. Castro afirmou que, apesar de continuar como vice-prefeito de Belo Horizonte, não está impedido legalmente de disputar a eleição. Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte. Texto Anterior: Lula ainda resiste e faz PT manter Bisol Próximo Texto: Advogado diz ter contraprovas Índice |
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