São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994 |
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Quércia diz que Bisol é o 'Catão brasileiro' Candidato do PMDB ironiza petistas e fala em CPI MÁRIO SIMAS FILHO
"Quero ver o PT solicitar uma CPI do Bisol e do Palmeira (senador Guilherme Palmeira, candidato a vice na chapa de Fernando Henrique Cardoso)", disse o ex-governador paulista. Quércia estava fazendo uma comparação irônica com o estadista e escritor romano Marcus Portius Cato ( 234 ac - 149 ac). Catão, como ficou conhecido o romano, notabilizou-se como censor. Ele ocupou os mais altos cargos de Roma e a maior parte de seus discursos é dedicada a ataques às atitudes e ao comportamento dos jovens nobres de sua época. Como censor, Catão mostrou rigidez de princípios e revisou as listas de cavaleiros e senadores, delas excluindo os nomes que considerava indignos, basicamente por motivos morais. Bisol é candidato a vice-presidente na chapa do PT e, como relator da CPI do Orçamento, foi implacável ao pedir a cassação de parlamentares envolvidos no escândalo. O problema é que Bisol também apresentou emendas superfaturadas ao Orçamento, beneficiando município onde tem uma fazenda. Bisol também foi favorecido com empréstimos privilegiados junto à Caixa Econômica do Rio Grande do Sul usando sua condição de desembargador e de deputado estadual. Palmeira é acusado de favorecer a empreiteira Servia, em emendas que fez ao Orçamento da União. "O PT só faz calúnias contra os outros e agora terá que explicar essa história do Bisol. Por muito menos que isso, diversos deputados foram cassados", disse Quércia. O ex-governador ironizou o encontro de FHC com lideranças do PMDB do Rio Grande do Sul. De acordo com Quércia, a reunião de FHC com o senador Pedro Simon e o candidato do PMDB ao governo gaúcho, Antônio Britto, "é uma cena freudiana". Ontem, Quércia recebeu o apoio da CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores). Texto Anterior: Barros Munhoz terá tempo maior na propaganda no rádio e na TV Próximo Texto: Britto e Simon não declaram apoio a PSDB Índice |
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