São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994 |
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Bombeiros acham mais ossos em Mauá
LUIS HENRIQUE AMARAL
Segundo o delegado Iasei Naramato, os ossos foram encaminhados ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil de São Paulo para análise. No instituto, já estão sendo analisados os primeiros ossos encontrados no local, no último dia 5. Segundo os bombeiros, os ossos parecem ser de animais. Também está sob análise uma trouxa de roupas encontrada no fundo do lago que fica atrás do manicômio. As roupas estavam identificadas com números, o que indica que elas eram de pacientes, e tinham manchas semelhantes às deixadas por sangue. O ex-interno M.A.F afirmou que jogou corpos no lago onde foram encontradas as roupas. Os resultados das análises da polícia devem sair em dez dias. Segundo o promotor público Eder Segura, responsável pela investigação no Ministério Público, a Prefeitura de Mauá "está estudando a melhor maneira de esvaziar o lago". Outro Lado O advogado do manicômio São Marco, Carlos Alberto da Silva Paranhos, afirma que os pacientes que desapareceram "fugiram". "O nosso hospital não é uma prisão, não podemos nos responsabilizar pelos pacientes que fugiram", diz. Paranhos nega que algum interno tenha morrido espancado no manicômio. Ainda segundo o advogado, o próprio hospital comunicou à polícia o desaparecimento dos internos. "Nós não temos nada a esconder, tanto que autorizamos espontaneamente que o Ministério Público cave o nosso terreno e seque o lago para apurar todas as denúncias", diz. (LHA) Texto Anterior: Manicômio registra 20 desaparecimentos Próximo Texto: Hospital recebia US$ 2 mi por ano Índice |
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