São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 1994 |
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Sacchi cobra elogio ao time
SÍLVIO LANCELLOTTI
O mister da Itália transpirava, os óculos escuros encarapitados na careca e a cabeça baixa, o rosto pesado, como se o contato com a imprensa fosse a última experiência de um condenado à guilhotina. Tinha os olhos avermelhados, provavelmente em consequência das lágrimas que os italianos choraram ainda no gramado, depois de derrotarem a Bulgária. Mas alguma forma de rancor escapava de Sacchi –a quem a mídia da Itália fez questão de espicaçar em suas cinco semanas nos EUA. Sacchi mal respondeu às perguntas de um batalhão de jornalistas mais afeitos às cotoveladas do que à boa educação. Começou a sua fala com um discurso: "Numa Copa, a vida e o futebol se confundem. Qualquer esportista que se preze deve passar por esta experiência". "Precisa sofrer para que se valorize o seu trabalho e se elogiem, no mínimo, os seus resultados. Mais de 160 nacões se inscreveram na competição. Eu me orgulho de estar entre as duas melhores", disse Sacchi. A performance de Roberto Baggio e a sua contusão ocuparam metade das oito questões exigidas de cada mister. Sacchi definiu o seu atleta como "excepcional" e não quis discutir a possibilidade dele ficar fora da final. Também não quis falar da pugna diante da Bulgária. "Depois do que padecemos no torneio, é difícil analisar a partida. Até porque meu pensamento já está na final." (SL) Texto Anterior: Roberto Baggio leva Itália para a final Próximo Texto: Avaliação de Baggio sai em 24h Índice |
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