São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
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Sepúlveda diz que bônus é só recibo caro

REGIS MALLMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Sepúlveda Pertence, disse ontem em Florianópolis que o bônus eleitoral é uma instituição que nasceu "manca".
Pertence afirmou que sem uma lei de incentivos fiscais os bônus se transformaram nos "recibos mais caros do mundo".
Segundo ele, a impressão dos bônus em papel moeda custou ao TSE cerca de R$ 6 milhões.
"A utilidade dos bônus se restringe agora aos canhotos que serão usados para conferir quem doou dinheiro para as campanhas", afirmou.
Pertence disse que os bônus não conseguirão limitar o volume de recursos que cada candidato vai gastar durante a campanha.
"É impossível saber quanto vai custar esta eleição", afirmou.
Segundo ele, apesar das deficiências a nova lei eleitoral acabou com a hipocrisia dos dispositivos que regulavam as campanhas eleitorais no país.
"A lei era feita para não ser cumprida, era hipócrita", afirmou Pertence. Ele disse que nem os próprios partidos acreditavam nas prestações de contas que apresentavam ao TSE.

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