São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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Saiba quais são os institutos
RICARDO BONALUME NETO
Os 17 institutos, distribuídos por quatro secretarias, foram geralmente criados para resolver problemas práticos, prestando serviços diversos à população em áreas tão diversas quanto o controle de vetores de doenças, desenvolvimento de novas variedades de plantas para a agricultura ou produção de vacinas e soros. E agora estão sendo colocados de lado. "É um suicídio, o governo está matando a galinha dos ovos de ouro", diz o pesquisador Antônio Carlos Pimentel Wutke. Na Secretaria de Agricultura e Abastecimento estão o Instituto Agronômico, o Instituto Biológico, o Instituto de Pesca, o Instituto de Tecnologia de Alimentos –que ontem "comemorou" seus 25 anos em meio à crise–, o Instituto de Zootecnia e o Instituto de Economia Agrícola. Na Secretaria de Planejamento e Gestão está o Instituto Geográfico e Cartográfico. A Secretaria do Meio Ambiente é responsável pelo Instituto de Botânica, Instituto Florestal e Instituto Geológico. A Secretaria da Saúde cuida do Instituto Adolpho Lutz, Instituto Butantan, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Instituto Pasteur, Instituto de Saúde e Superintendência de Controle de Endemias. Cada um deles tem uma história de apoio a uma faceta do desenvolvimento econômico do Estado. O centenário Instituto Agronômico, de Campinas, teve papel fundamental na melhoria do café. "O parque cafeeiro é baseado em diversas variedades criadas no Instituto Agronômico", diz Wutke. Outro exemplo do dia-a-dia não só paulista, mas brasileiro: "o feijão carioquinha também foi criado aqui", diz o atual diretor, Ondino Cleante Bataglia. Alguns institutos são mais conhecidos da população. O Instituto Adolpho Lutz, por exemplo, é o laboratório de saúde pública do Estado responsável por testes laboratoriais, como aqueles usados para investigar a epidemia de cólera ou o uso de bromato no pão. O Instituto Butantan é conhecido por fabricar soros contra picadas de cobras, mas também produz vacinas contra febre tifóide, raiva e sarampo, entre outras. O Instituto Dante Pazzanese tem como objetivo básico o tratamento e a pesquisa das doenças cardiovasculares. O Instituto Pasteur cuida do tratamento e diagnóstico dos casos de raiva, e o Instituto Lauro de Souza Lima é especializado em hanseníase. (RBN) Texto Anterior: Crise ameaça institutos paulistas de pesquisa Próximo Texto: Folha promove curso de divulgação científica Índice |
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