São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
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Supermercados vendem 10% a menos

MARISTELA MAFEI
DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas nos supermercados de São Paulo na primeira quinzena do real caíram até 10% frente à primeira quinzena de junho, quando vigorava o cruzeiro real.
Mas o consumidor aumentou a frequência de visitas às lojas, o que indica possibilidade de recuperação do consumo até o final do mês.
Nessa segunda semana de julho, uma época tradicionalmente fraca de compras, as grandes redes de supermercados de São Paulo estão registrando aumento no número de tíquetes emitido pelas caixas registradoras.
O consumidor vai mais ao supermercado– e gasta menos por compra.
O número de pessoas que passa pelos caixas é superior em até 20% frente ao registrado antes da entrada do real em vigor, pegando-se como efeito de comparação ainda a segunda semana do mês.
"As compras estão mais parceladas; não houve grande movimento nos dias de pagamento, mas, em compensação, nos dias posteriores o fluxo de pessoas às lojas foi mais intenso do que ocorria anteriormente", diz José Pereira Fernandes, presidente do Conselho de Administração da rede Barateiro.
Omar Assaf, vice-presidente da Associação Paulista dos Supermercados (Apas), disse que o consumidor está menos afoito, pesquisa mais e evita fazer estoques. Os supermercados decidiram suspender as compras dos fornecedores que estavam aumentando a taxa de juros nas compras a prazo.
A única exceção para negociação nesse sentido foi aberta para as empresas de café, cujos preços subiram por causa das geadas e da alta no mercado internacional.
Gradativamente, as grandes redes voltam a realizar listão com ofertas de preços, suspenso na primeira semana de julho.
Segundo Fernandes, aumentou a procura de fornecedores dispostos a realizar promoções de seus produtos.
Apesar da elevação das taxas de juros na entrada do real, os representantes do supermercados acreditam que os preços, nas grandes redes, deverão cair até o final do mês, devido às ofertas da indústria.

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