São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994 |
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Brasil deve sucesso aos seus jogadores
TELÊ SANTANA
A seleção sueca não teve nada a ver com a que vimos em Detroit. Fraca, cansada, sem uma jogada de ataque. Sua defesa deu a maior liberdade possível a Romário, que marcou um e perdeu dois outros que normalmente ele não perde. A certa altura pareceu-me que tudo o que os suecos pretendiam eram segurar o zero a zero. Principalmente depois da expulsão de Jonas Thern. Provavelmente, com aquele calor, não aguentariam os 30 minutos de prorrogação. Dependiam de uma decisão por pênaltis. O jogo foi todo do Brasil. Se a vitória não veio mais cedo –e por placar mais cômodo– a culpa foi nossa. Não vi novidades no nosso time. Continuamos jogando da mesma maneira. Poderíamos (e deveríamos) ter ousado mais contra a fraca equipe sueca. Não temos muitas opções de jogada além dos avanços dos laterais e das iniciativas de Romário. São as nossas armas. Muitos "melhores times" têm perdido Copas do Mundo, uma competição imponderável, cheia de surpresas, na qual o trabalho de anos pode ir por água abaixo no breve instante de um pênalti. Continuam falando essa bobagem de que, em futebol, ou é jogar bem e perder, ou é jogar mal e vencer. Acredito firmemente que se possa jogar bem e vencer. Não perdemos Copas anteriores por termos jogado bem. Aliás, mandar um time a campo para jogar bem é a obrigação de todo técnico. Vitórias ou derrotas são consequências. É verdade que a atual seleção está vencendo sem jogar bem. E pode conquistar a taça desse jeito. Mas não por jogar mal, não por se fechar tanto na defesa, não por méritos de seu comando técnico. Se a seleção brasileira chegou, com justiça, à final desta Copa do Mundo, deve isso aos jogadores. Texto Anterior: Números mostram que Zinho evolui na Copa Próximo Texto: Brasil fez sua melhor partida nesta Copa Índice |
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