São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 1994
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Sacrifícios nunca ocorrem em vão

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Carlos Modesto lembra o equilíbrio entre o sacrifício e a bênção:
Um homem fez a promessa de carregar uma cruz até o alto de um monte, se tivesse certo desejo atendido.
Deus concedeu o que pedia. Ele mandou fazer a cruz e começou a caminhada. Depois de vários dias, achou que a cruz pesava mais do que supunha –e, com um serrote emprestado, cortou boa parte da madeira.
Ao chegar ao alto de monte, notou que –separada por uma fenda na terra– havia outra montanha. Nela, tudo era paz e tranquilidade; mas precisava de uma ponte para chegar até lá.
Tentou usar a cruz –mas era curta para isto.
E então reparou: O pedaço que havia cortado era exatamente o que estava faltando para que pudesse cruzar aquele abismo.

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