São Paulo, sábado, 16 de julho de 1994 |
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CNBB quer derrubar projeto da Câmara
RICARDO FELTRIN
"A igreja é favorável ao planejamento familiar natural e tem sua proposta", afirmou dom Aloysio José Leal Penna, responsável nacional da Pastoral Familiar e da Criança da CNBB. O artigo 161 do texto da Campanha da Fraternidade deste ano, intitulado "Sim ao Planejamento Familiar Responsável", diz que a postura básica da Igreja Católica não prevê métodos de planejamento familiar, mas atitudes individuais (por exemplo, o autocontrole sexual e o uso de "tabelinha"). A Câmara dos Deputados aprovou no último dia 26 projeto que estabelece um programa nacional a ser oferecido pela rede pública. O projeto está na Comissão de Securidade Social do Senado e deve ser votado no próximo mês. Ontem, o "Diário Oficial do Município" de São Paulo publicou lei que cria um programa na rede pública da cidade. Os dois projetos estabelecem a distribuição gratuita de contraceptivos e realização de laqueadura e vasectomia (processos cirúrgicos de esterilização). Dom Aloysio disse que a CNBB vai tentar convencer os senadores a não aprovar o projeto enviado pela Câmara. "Se não conseguirmos impedir a aprovação no Senado, então iremos ao presidente Itamar Franco pedir seu veto." O projeto aprovado pela Câmara é de autoria do deputado federal Eduardo Jorge (PT-SP). Para se tornar lei, deve ser aprovado também pelo Senado e sancionado pelo presidente Itamar Franco, que pode vetá-lo. O deputado petista disse que não foram feitos estudos para estimativa de custos para a implantação do programa. "Isso só pode ser feito após a regulamentação e detalhamento de como será realizado o programa." Dom Aloysio também criticou a lei sancionada pelo prefeito Paulo Maluf (PPR). O programa proposto na lei (leia texto abaixo) é de autoria do vereador Bruno Feder (PPR). O projeto foi no final de junho. Texto Anterior: Especialistas aprovam a lei Próximo Texto: Empresas de energia negociam reajustes Índice |
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