São Paulo, sábado, 16 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Especialistas aprovam a lei

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Especialistas em estudos demográficos, saúde pública e saúde reprodutiva consideram "positiva" a lei que cria o programa municipal de planejamento familiar, sancionada pelo prefeito Paulo Maluf.
No entanto, a demógrafa Maria Graciela Morell e a psicóloga e pesquisadora de saúde reprodutiva Margareth Arilha afirmam ser necessário "estabelecer critérios para a regulamentação da lei" –o que deve acontecer dentro de 60 dias.
"Todos os métodos contraceptivos –sem exceção– devem ser oferecidos em um contexto de assistência à saúde e o governo tem que fornecer um acompanhamento de trabalho educativo da sexualidade", afirmou Arilha, coordenadora da Comissão Nacional de Cidadania e Reprodução.
Para Maria Graciela Morell, doutorada em saúde pública, o programa –"se for de fato implantado"– tem de ser entendido como um sistema de informação e atendimento pleno.
"É absolutamente necessário, mas a regulamentação deve ser profundamente discutida por setores especializados da sociedade."
"É uma boa lei, sem dúvida, mas, antes de mais nada, o planejamento familiar é um direito estabelecido na Constituição e uma reivindicação antiga do Movimento de Mulheres", disse Arilha.

Texto Anterior: O PROGRAMA EM SÃO PAULO
Próximo Texto: CNBB quer derrubar projeto da Câmara
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.