São Paulo, sábado, 16 de julho de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil faz catimba para vencer

MARCELO DAMATO; ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

O duelo entre Brasil e Itália, embora seja uma final de Copa do Mundo e por isso mais disputada que um jogo normal, é uma evidência de que o futebol de 1970 não era o paraíso do "fair play".
O tempo perdido em bolas paradas era muito maior do que na atual Copa do Mundo, principalmente pela indisciplina e catimba dos jogadores daquela época.
Quatro faltas a favor do Brasil e uma a favor da Itália levaram mais de 40 segundos para serem cobradas. Duas dessas faltas consumiram mais de um minuto e meio nas cobranças. O resultado é que 42,1% dos 86min17 do jogo medidos pelo Datafolha (o restante do VT foi gasto em repetições de jogadas) foram de bola parada. Na Copa de 94, esse percentual é de menos de 35%.
Além disso, foram várias as faltas que hoje seriam punidas com cartão amarelo ou expulsão. Só Pelé, eleito o melhor jogador daquele Mundial, entrou de sola três vezes em adversários. Acertou De Sisti e Bertini no tornozelo e outra pegou a perna do zagueiro Rosato. Ele não recebeu sequer o cartão amarelo.
(MD e AFt)

Texto Anterior: Rudi Gloeckner foi pouco rigoroso
Próximo Texto: Desgaste físico prejudicou Itália
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.