São Paulo, sábado, 16 de julho de 1994
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Decreto abala até mercados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Partidos, sindicatos, jornais, o mercado de ações e milhares de pessoas reagiram ontem ao decreto que limita o poder dos promotores.
Os telefones e aparelhos de fax do Palácio de Justiça de Milão –quartel-general da Operação Mãos Limpas– receberam mensagens e abaixo-assinados de apoio a Di Pietro e seus colegas.
Em Nápoles, cerca de 100 pessoas fizeram manifestação em frente à prisão de Poggioreale. Lá está preso o ex-ministro da Saúde Francesco De Lorenzo, um dos envolvidos no escândalo mais detestado pela população.
O jornal "La Reppublica" publicou em sua primeira página o editorial "Forza Ladri" (força ladrões), jogo de palavras com o nome do partido de Berlusconi, Força Itália.
O jornal "La Voce" fez pesquisa por telefone. Dos 627 ouvidos em todo o país, 83,6% se disseram contra o decreto governamental.
O mercado de ações e a lira italiana tiveram baixas no início do dia. Apesar da recuperação posterior, analistas dizem que os investidores ainda temem que o governo acabe caindo com a crise iniciada.
O ex-comunista Partido Democrático de Esquerda distribuiu cartazes por todo o país com a frase "Mãos limpas ou mãos atadas". A coalizão de esquerda que o PDS lidera promete derrubar o decreto no Parlamento.

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