São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Sunab volta a pedir nota fiscal ao Makro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento) vai pedir no início desta semana explicações ao Makro sobre os aumentos de preços ocorridos nos últimos dias. A informação é do superintendente da Sunab, Celsius Lodder.
A empresa já havia sido convocada pelo órgão, no início da semana passada, a apresentar notas fiscais para verificação da margem de comercialização em alguns produtos.
O prazo dado à empresa terminou sexta-feira –mesmo dia em que coincidentemente foi decretada a prisão preventiva dos irmãos André e Jorge La Saigne de Botton, sócios minoritários do Makro, de Alfredo Burghi Júnior, presidente-executivo do atacadista e de Léo Cunha de Carvalho, gerente da loja em Brasília.
Como o atacadista Makro não apresentou as notas fiscais, a Sunab refaz o pedido no início desta semana. Caso a empresa não apresente as notas fiscais, a Superintendência pode multá-la entre 150 mil a 200 mil Ufirs (Unidade Fiscal de Referência) –R$ 84 a R$ 112 mil.
"O Makro não cumpriu o ritual de apresentação das notas fiscais, e portanto vamos procurá-la", disse Celsius Lodder.
Ele afirmou também que o pedido de prisão feito pelo Ministério Público não tem nenhuma ligação com a fiscalização feita pela Sunab no Makro.
A origem da decretação de prisão dos acionistas minoritários e do gerente da empresa, através de uma denúncia formal ao Ministério Público, é o procedimento elogiado por Celsius Lodder na condução de casos que envolvam empresários acusados de aumentos abusivos de preços.

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