São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Candidatos prevêem o tetra no Planalto

DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DO RIO

Após a vitória do Brasil contra a Itália, os candidatos favoritos à Presidência, Luiz Inácio do Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), previram suas próprias vitórias na eleição de outubro.
"Passado o Carnaval, passada a Copa e passada a euforia com o real, a realidade será o Lula presidente", disse Lula.
"O real foi só o aquecimento. O próximo tetra são os quatro anos do meu mandato", disse FHC.
Lula assistiu ao jogo na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (Grande São Paulo), com cerca de 300 pessoas.
O candidato petista permanecer impassível durante a maior parte do jogo. Acendeu dois charutos, tomou cerveja e só se levantou para comemorar quando Taffarel defendeu o pênalti cobrado por Massaro.
Lula elogiou a entrada de Viola em campo, seu segundo jogador preferido, depois de Romário. Mas disse que a substituição veio tarde.
FHC assistiu a partida no salão de festas do prédio onde mora sua filha Beatriz. Com ele estavam amigos, sua mulher Ruth e vários sobrinhos.
Logo depois da vitória nos pênaltis, FHC beijou a bandeira brasileira. O candidato acredita que o tetra melhora o estado de espírito do país, o que poderia ajudá-lo na campanha.
"Vou ganhar como na final. No segundo turno, com garra, prorrogação e pênalti", disse.
Acrestou que a campanha vai ganhar impulso. "O Brasil está mais confiante em si."
O candidato do PMDB Orestes Quércia, que assistiu à final no comitê feminino do PMDB em São Paulo, com a mulher e os três filhos, acompanhou o tempo normal do jogo sem demonstrar muito nervosismo.
Ele acreditava em um gol de Romário e outro de "alguém vindo de trás". Tomou coca-cola e comeu pipocas.

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