São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Tática inovadora da Holanda falha

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A única variação tática inovadora da Copa dos EUA não passou da primeira fase, apesar de a seleção que a tenha usado tenha.
O 3-4-3 –ou melhor, 3-3-1-3– da Holanda naufragou em três atuações inconvincentes contra Arábia Saudita (2 x 1), Bélgica (0 x 1) e Marrocos (2 x 1), que, no fim das contas, valeram o primeiro lugar do Grupo F.
A tática imaginada por Dick Advocaat desafiou uma das mais fortes tendências do futebol moderno: a concentração de jogadores no meio do campo.
A Holanda da 1ª fase jogava com dois pontas (Overmars ou Taument e Roy) e um centroavante (Ronald de Boer), lembrando o futebol até os anos 60.
Na defesa, jogava um trio formado por dois zagueiros rápidos (Valckx e Frank de Boer) e um líbero de temperamento e físico forte (Koeman). No meio, três jogadores com funções defensivas e ofensivas (Rijkaard, Jonk e Wouters, da esquerda para a direita) e um meia-atacante (Bergkamp).
"Essa tática é suicida. É o único esquema do mundo em que os zagueiros atacam juntos", reclamou o inicialmente ala-direita e depois meia Rijkaard. A reclamação deu certo. Nas oitavas-de-final, a Holanda passou a jogar no 4-3-3, com Winter de lateral-direito e sem R. de Boer.
(MD)

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