São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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PM é denunciado sob acusação de assassinato

DA REPORTAGEM LOCAL

O promotor Fernando Barone Nucci, da 3ª Auditoria do TJM (Tribunal de Justiça Militar) denunciou o soldado da PM Joselito Gonçalves sob a acusação de ele ter sequestrado, roubado e matado o motorista Oswaldo Francisco de Souza.
O crime aconteceu em 1º de junho. Souza trabalhava para a empresária Lilian Gonçalves, proprietária da rede de boates Biroska.
Gonçalves estava num carro do 23º Batalhão da PM parado na praça Panamericana, em Pinheiros (zona oeste de SP). Ele estava com mais dois que, embora fardados, estavam de folga: os soldados Paulo Rogério da Silva e Junior José Pinheiro.
Segundo o promotor, após fumarem maconha, os três pararam o Santana que estava sendo dirigido por Souza. Após revistá-lo, alegaram ter encontrado cigarros de maconha com Souza.
Souza apertou uma tecla de seu telefone celular, ligando para o telefone de uma amiga, acoplado a uma secretária eletrônica.
Cerca de 30 segundos da conversa entre eles foi gravado.
Souza foi levado para Taboão da Serra (zona oeste da Grande SP) e, segundo a denúncia os policiais mataram Souza e ficaram com o Santana e o celular.
Dois dias depois, os soldados Paulo Rogério da Silva, Junior José Pinheiro e Jair Alves da Silva estavam andando no Santana, quando foram presos pela Rota.
Os dois outros policiais serão processados na Justiça Comum por não haver provas de que, a exemplo de Gonçalves, tenham cometido um crime militar (quando o policial está trabalhando ou com o uso de arma da PM).

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