São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 1994
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Via Dutra é campeã de acidentes

DA REPORTAGEM LOCAL

A via Dutra, que une São Paulo ao Rio de Janeiro, apresenta o maior número de acidentes entre as rodovias que se interligam com a Grande São Paulo.
Foram 4.692 acidentes em 93, segundo o DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem).
Mas, levando em consideração a quantidade de veículos que passa todos os dias por estas rodovias, a mais perigosa é a Via Anchieta, que faz a ligação com o litoral do Estado.
Foram 3.410 acidentes na estrada, em 93, para um fluxo de 18 mil veículos por dia. Na Dutra, o fluxo é bem maior, de 160 mil veículos por dia.
A segunda rodovia mais perigosa é a Régis Bittencourt (BR-116), que leva ao sul do país. Foram 3.162 acidentes em 93, de acordo com o DNER, para um fluxo de 50 mil veículos por dia.
A Régis Bittencourt é conhecida como "Rodovia da Morte". Isto se deve ao fato de sua pista não ser duplicada.
O trânsito intenso de caminhões faz com que os motoristas tentem ultrapassagens perigosas, envolvendo-se em acidentes.
Segundo o Dersa, que cuida da manutenção da Trabalhadores, esta pode ser considerada uma estrada modelo para o país. A principal causa dos acidentes na Trabalhadores é a imprudência dos motoristas e o excesso de velocidade.
Neblina
Se você está saindo da cidade, será obrigado a tomar uma destas estradas para seguir viagem. Preste atenção nas áreas sujeitas a nevoeiros, onde os acidentes mais acontecem.
Na Rodovia dos Bandeirantes a área mais perigosa situa-se entre os quilômetros 22 e 46, próximo a Franco da Rocha, Perus e Cajamar.
A visibilidade chega a ser nula em algumas ocasiões, principalmente à noite e na madrugada.
Em Jundiaí, também costuma haver neblina, com menos intensidade. A visibilidade costuma ficar entre 50 e 150 metros.
Na Anhanguera, que une São Paulo a Ribeirão Preto, costuma haver neblina pesada entre o km 21 e o km 43, também perto de Perus e Cajamar. Isto ocorre principalmente à noite e a visibilidade pode chegar a zero.
A Rodovia Castelo Branco, que segue para o oeste do Estado, apresenta vários pontos com neblina. O mais perigoso é na região da serra das Conchas, entre o km 129 e o km 162, logo após Tatuí, para quem vai para o interior.
A parte mais perigosa da Raposo Tavares, que também vai para o oeste, é o seu início, em São Paulo, até o km 9.
Na Imigrantes, a visibilidade pode passar de total a nula em apenas alguns instantes, na região da serra, a partir do km 36, até o km 46. Na passagem por São Bernardo do Campo (região metropolitana de São Paulo), entre o km 23 e o km 26, também costuma haver neblina.
A situação da via Anchieta é semelhante à da Imigrantes, com variações de visibilidade no trecho da serra.
Nesta rodovia o ponto com maior número de acidentes é o km 45, onde se encontra a "Curva da Onça", que tem um problema de planejamento. Ali é frequente o tombamento de caminhões a velocidades de 60 km/h ou mais. Carros também costumam esbarrar no muro de proteção.
Na Trabalhadores, há nebulosidade por toda a estrada. Mas a área crítica está nas proximidades do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

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