São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 1994
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Torcida aérea

Domingo, final da Copa. Apesar do momento "histórico", o vôo da Taba partiu lotado de Fortaleza para São Paulo às 16h20.
No Fokker 100, os passageiros se angustiavam com a falta de notícias sobre o jogo do Brasil. A única ponte com o estádio Rose Bowl era o comandante Moreira.
Sintonizado em uma emissora de rádio, o piloto passava as informações aos passageiros, entre eles políticos, através do sistema de som do avião. Sua voz foi adquirindo timbres de locutor à medida que o jogo ia passando.
Quando chegou a hora da disputa de pênaltis, o comandante já narrava como se tivesse um microfone de rádio à frente:
– Cobrou Baresi. Pra fora!
Comemoração. Quando Baggio perdeu o pênalti e o Brasil tornou-se tetracampeão, o avião sobrevoava Belo Horizonte e a festa a bordo foi ilustrada pelos fogos de artifício na capital mineira.
Mas a tensão voltou logo, com o comandante mandando todos se sentarem devido a turbulência. Quando o avião parou de chacoalhar, Moreira disse com voz grave:
– Tripulação: cerveja para a galera!

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