São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 1994
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Jogadores devem pagar por 'importados'

DA SUCURSAL DO RIO

Os jogadores brasileiros teriam que pagar por todo o produto importado trazido dos Estados Unidos que ultrapassasse o valor de US$ 500, segundo informou a Receita Federal, no Aeroporto Internacional do Rio.
A restrição a compras superiores a US$ 500 seria seguida, com possibilidade de revista na bagagem de qualquer jogador.
No caso de um fiscal desconfiar do valor da nota fiscal, ele pode consultar uma lista com preços de mercadorias, parecidas com a que estão sendo fiscalizadas.
O diretor do Sindifisco (Sindicato dos Funcionários da Receita Federal), Fernando Moretzsohn, disse que o maior objetivo da fiscalização é pegar contrabandistas.
Quem trouxer um produto não dever ser punido, segundo ele, apenas quem traz itens iguais. Mas Moretzsohn alertou que este critério depende do fiscal, que pode ser mais rigoroso.
Torcedores
Mesmo com os jogadores da seleção ainda em Brasília às 19h de ontem, torcedores já ocupavam a via de acesso do Aeroporto Internacional Rio, que leva ao centro da cidade.
Espalhados em grupos e vestidos de verde-amarelo, só se preocupavam com a festa.
Marluce Cunha, que mora perto da avenida Brasil, disse que importante "é a festa". "Se eles não passarem por aqui, a gente comemora assim mesmo".
No aeroporto, a maior movimentação era com a chegada de um vôo de Los Angeles lotado de torcedores brasileiros.
O clima de Copa do Mundo dominou o vôo. Paulo Becker, 39, psicanalista, desembarcou com a camisa do Brasil com os filhos Francisco, 15, e Antonio, 6.
Becker disse que, no vôo, os passageiros passaram o tempo todo fazendo "olas" e relembrando os lances da Copa.
O piloto substituiu, durante a viagem, o tradicional "senhores passageiros" por "torcedores tetracampeões".
Na escala em São Paulo, os passageiros que seguiam para o Rio, passaram o tempo participando de uma "minimesa redonda", como descreveu Becker, com o comentarista da TV Bandeirantes, Gérson, campeão do Mundo de 70.

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