São Paulo, quarta-feira, 20 de julho de 1994
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Os quatro maiores

THALES DE MENEZES

Alemanha, Rússia, Suécia e EUA. Essa é a elite do tênis planetário, depois do fim-de-semana que definiu os quatro semifinalistas da Copa Davis. Nos dias 23, 24 e 25 de setembro, russos enfrentam alemães e norte-americanos duelam com suecos.
Quase deu para a Espanha, com Sergi Bruguera chegando bem perto da vitória sobre Michael Stich em Halle (Alemanha). Empurrado pela torcida, Stich saiu vitorioso de uma batalha de quatro horas.
Responsável direto pela conquista alemã da Davis do ano passado, Stich continua levando o time nas costas. Fez os três pontos, dois na simples e um nas duplas, com o limitado Karsten Braasch.
O outro alemão, Marc Goellner, tratou de perder seus dois jogos. A volta de Boris Becker à equipe parece mais do que essencial para a semifinal contra os russos.
Stich e Becker tem que impedir que a Rússia marque dois pontos com Yevgeny Kafelnikov. Jogando no saibro, o russo de 20 anos tem chances de bater os alemães.
Depois, com seu parceiro Andrei Olkhovsky, Kafelnikov tentaria o ponto vitorioso nas duplas. Deu certo contra a Austrália e a República Tcheca, que eram favoritas. Se conseguir levar a Rússia a uma inédita final da Copa Davis, Kafelnikov vira herói nacional.
A outra semifinal reúne dois velhos combatentes, Suécia e EUA. Stefan Edberg parece decadente, mas fez o suficiente para marcar dois pontos contra a França.
Para enfrentar os EUA, o time sueco deve mudar. Henrik Holm deu para o gasto contra os franceses, mas Magnus Larsson deve enfrentar os norte-americanos.
Semifinalista de Roland Garros este ano, Larsson é melhor opção do que Holm porque já tem umas vitórias contra os "top ten" em seu currículo. Nenhuma contra seus futuros adversários, é verdade. De qualquer modo, é o melhor que a Suécia tem a oferecer.
Já os norte-americanos estão rumando ao título. Depois da eliminação na primeira rodada em 93, quando subestimaram a Austrália, os EUA estão com força máxima.
Pete Sampras e Jim Courier nas simples são garantia quase absoluta de quatro pontos. Eles compensam a falta de uma boa dupla norte-americana. Richey Reneberg e Jared Palmer já perderam o jogo contra a Holanda no último sábado e não devem ter a mínima chance contra a poderosa dupla sueca Jan Appel e Jonas Bjorkman.
Favoritos? EUA e Alemanha. Mas uma final EUA x Rússia, em Moscou, seria um marco no tênis.

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